Olha só, antes de começar, já te aviso: se você chegou aqui achando que eu vou defender político A ou político B, pode relaxar. Eu não estou nesse campeonato. Alias, se fosse campeonato, já teria caído para a segunda divisão faz tempo.
Sabe quem é o “trochão” da vez? Hoje pode ser eu, amanhã pode ser você, e depois de amanhã… provavelmente vai ser a gente junto, dividindo a mesma fila do posto de saúde. A vida é democrática nesse ponto.
Já reparou que militância é tipo sogra? Quem tem, defende com unhas e dentes; quem não tem, agradece. Mas no fundo, todo mundo sabe que exagero atrapalha o churrasco.
E a galera que só sabe falar “bozo”, “nove dedos” ou qualquer apelido do momento? Parece briga de criança no recreio: “você é feio”, “seu cabelo é pior”. A diferença é que no recreio, depois de cinco minutos, todo mundo volta a jogar bola. Aqui, não. Aqui o povo guarda mágoa como quem coleciona figurinhas da Copa.
Mas vamos combinar: discutir política sem rir é igual pastel sem recheio. Você morde, sente um gosto de vento e pensa: “paguei caro pra isso?”.
Aliás, você já percebeu que sempre existe alguém dizendo que “agora vai mudar”? Aí a gente olha para o lado e vê que a única mudança foi o preço do arroz. É como esperar atualização de celular: você instala e só ganha mais um ícone inútil que gasta bateria.
E a mídia? Ah, a mídia é tipo aquele amigo que jura que não tem lado. Ele fala: “eu sou imparcial”. Mas se você olhar bem, ele tá segurando a bandeira atrás das costas.
Só que a verdade é que, enquanto a gente briga, o problema real continua firme e forte: buraco na rua, escola sem professor, hospital com fila maior que Black Friday. Mas não, o povo prefere discutir quem falou mais grosso no último debate.
Vamos ser sinceros: o sistema político é como novela mexicana. Todo dia tem drama, traição, alguém preso, alguém solto e no fim você descobre que nada mudou desde o primeiro capítulo.
Agora, deixa eu te perguntar: já pensou em criar o seu próprio partido? Mas calma, não é pra registrar no TSE, não. É o Partido da Minha Casa Organizada, o Partido da Rua Limpa, o Partido do Vizinho Gente Boa. Esse sim muda a vida da gente.
Imagina se cada um resolvesse ser militante… mas de varrer a calçada, ajudar a escola do bairro, cuidar do idoso da rua. Aí sim a briga seria boa: “eu ajudei mais que você!”. A gente poderia até inventar uma urna eletrônica comunitária pra ver quem doou mais bolo pra festa junina.
No final das contas, meu caro amigo, a grande piada é essa: a gente gasta energia brigando por políticos que nem sabem que a gente existe, quando o poder de mudar a vida real tá bem aqui, na nossa esquina.
Então, bora fundar o Partido do Bom Senso, com sede na nossa própria comunidade.
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